sexta-feira, 8 de abril de 2011
Rescaldo da 44ª edição da Agro Braga
Os produtores de carne e leite reclamam mais medidas de protecção para o sector, o que é normalíssimo, cada qual deve ser pago mediante o que produz. A agricultura na província do Minho, devido ao clima temperado e ameno, é bastante produtiva, composta por gente humilde e trabalhadora, que há séculos granjeia grandes quintas. Preparam produtos próprios para cada época, sabem que os enchidos e o fumeiro têm mais procura no Inverno; o perú e o cabrito, no Natal e na Páscoa. Porém, tudo o que for de qualidade tem sempre saída. Quem produz qualidade devia ter o escoamento da sua produção garantida a justo preço no mercado. Esses corajosos produtores acreditam nas suas potencialidades e para fazerem face à crise não regateiam esforços, alargando a sua capacidade de produção com variadas opções de rentabilidade. Criar gado para os concursos pecuários é uma delas. A Agro - Braga melhorou a olhos vistos. Mais bem organizada e publicitada, a data da sua realização melhor escolhida pois no fim de Março princípio de Abril os dias são maiores, normalmente o tempo está mais quente, os horários alargados permitem mais espaço de tempo aos visitantes, por isso, obviamente foi mais concorrida. Os concursos pecuários repartidos por vários dias dão mais oportunidades aos aficionados e, por conseguinte, mais valor à feira. O interior do pavilhão embora confortável e abrigado, na minha opinião, talvez não seja o local mais apropriado para o efeito. Contudo, é melhor do que estar ao sol ou à chuva. Foram apresentados excelentes exemplares da raça barrosã, merecendo especial louvor a aldeia de Abadim (Cabeceiras de Basto) com meia – dúzia de animais da melhor qualidade. As escolhas do júri na classificação da dita raça, a meu ver, já têm sido mais perfeitas. Estiveram pela primeira vez presentes os militares do Regimento de Cavalaria Nº 6 de Braga, com lindos cavalos e material bélico, acrescentando mais interesse e beleza ao certame. A maquinaria agrícola, o sector alimentar e a floricultura, também estiveram bem representados. É gratificante ver a Agro - Braga renovada e bem estruturada, com animação musical diária, melhor exposição e mais visitantes, recuperando o seu prestígio. Parabéns aos organizadores! As opiniões que ouvi são unânimes: a Agro este ano esteve melhor.
sábado, 2 de abril de 2011
Padre Fontes em Braga
No dia 3 de Março de 2011, o mítico Padre Fontes esteve na Escola Alberto Sampaio, numa das suas palestras sobre medicina popular. Com o auditório da escola a abarrotar, encantou o público, sobretudo jovens estudantes, ávidos de saber os segredos do poder da natureza na prevenção das doenças pelas plantas e a ajuda de cura pela medicina alternativa. O orador deixou bem claro que, embora exista o mal de inveja, o orgulho, a soberba e a avareza, as crenças, o mau-olhado, feitiços, mezinhas, benzeduras com água benta, espíritos, defumadouros enxota diabos, adivinhações, medos, possessões diabólicas, exorcismos e depressões mentais, estas não se curam com bruxarias. Os videntes e os curandeiros encontram nessas pessoas mentalmente debilitadas, matéria apropriada para ganhar a vida. A ciência evolui, mas infelizmente ainda há mentalidades tacanhas que acreditam nessas fantochadas doentias. Na nossa fé, os Santos também são curandeiros, porque recebem diariamente pedidos de ajuda para os fins mais diversos. Se vamos ao S. Bento da Porta Aberta, à Sra. da Livração e à Sra. do Monte, é porque acreditamos. Na sua boa disposição o Padre Fontes respondeu a várias questões, mas quando lhe perguntaram se havia plantas para fazer chás afrodisíacos e abortivos, deu a volta à questão não entrando em pormenores. No meu entender, se essas plantas crescessem nas hortas, não haveria couves em parte nenhuma! Abordou também de forma resumida as plantas que provocam alucinações, contudo, ninguém insistiu sobre o tema. Parabéns amigo Padre Fontes, obrigado pelos seus sábios ensinamentos e conselhos, creio que todos entenderam a sua mensagem. As doenças do foro psicológico existem e devem ser prevenidas e curadas, quer pela medicina convencional quer pela medicina popular. As crenças são distúrbios mentais, fruto dos espíritos fracos e das carências e dificuldades familiares vividas na adolescência, e dos exemplos da nossa existência diária. Oxalá a nossa juventude pare um pouco para reflectir nas verdades destas ocorrências, que causam a ruína da sociedade contemporânea.
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